Esse chamado "lixo nuclear" precisa ser armazenado cuidadosamente, pois oferece riscos de contaminação durante centenas de anos. Outro problema são os acidentes. Os casos mais conhecidos são os das usinas de Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979, e de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. "O tipo de reator usado no Brasil, nas usinas Angra I e Angra II, é o mais seguro de todos. Nunca se registrou nenhum acidente com ele", diz o engenheiro José Itacy Nunes, da Eletronuclear, empresa sediada no Rio de Janeiro que administra as usinas. Que continue assim!
Do urânio à energia elétrica
No reator de Angra II, a água radioativa é aquecida a 320 ºC
Proteção total
Quatro tipos de barreiras evitam que a usina contamine o ambiente
Edifício do reator
Em forma de cúpula, é feito de concreto reforçado para resistir a colisões e ataquesParede de aço
Tem três centímetros de espessura e impede que materiais radioativos escapem em caso de acidenteVaso de pressão
É a primeira embalagem de segurança para proteger o núcleo do reator. O de Angra II tem paredes de aço de 25 centímetros de espessuraBlindagem radiobiológica
Essa parede de concreto e chumbo, com 1,5 metro de espessura, barra os raios gama e os nêutrons que eventualmente possam vazarNúcleo do reator
Nele estão as pastilhas de urânio acondicionadas em uma série de barras e mergulhadas na água. É aqui que acontece a fissão nuclear (veja o quadro abaixo, à direita)Circuito primário
A água que corre por esse circuito é altamente radioativa e mantida a uma temperatura de 320º CPressurizador
Uma bomba elétrica mantém a água radioativa em alta pressão. Por isso, mesmo estando muito quente, ela não evaporaGerador de vapor
Aqui, o calor da água radioativa é usado para aquecer o circuito secundário da tubulação. Assim, a água que passa nesse segundo circuito, sob pressão normal, vira vaporBoliche explosivo
O processo de fissão nuclear começa com o choque entre partículas microscópicas
A energia que move essas usinas tem início após uma fissão nuclear, quando um átomo de urânio-235 é atingido por um nêutron. O resultado do choque é que o átomo se parte em dois grandes pedaços e ainda sobram mais dois ou três nêutrons soltos. A soma dos dois pedaços do átomo mais os nêutrons soltos dá uma massa menor do que a do urânio original. Essa diferença é transformada em energia. Como diz uma famosa fórmula física, a energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado (E = mc2). Isso significa um tremendo fornecimento de energia, pois a velocidade da luz é de mais de 300 mil quilômetros por segundo! Fora isso, os nêutrons restantes voltam a esbarrar em átomos de urânio e o processo continua.#FONTE:
REVISTA MUNDO ESTRANHO- TECNOLOGIA
http://mundoestranho.abril.com.br/tecnologia/pergunta_286284.shtml
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